Sobre o Artista

Marcial Ávila é natural da cidade de Diamantina, Minas Gerais.


Nasceu em uma numerosa família e teve por sorte e engenhosidade do pai, um acróstico com seu nome onde as sete letras são também os nomes das sete irmãs que o antecederam. Marcia, Ângela, Rosangela, Claudete, Iracema, Adenalva e Leila. Desde criança se encantava com a “Festa da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos” e rabiscava precocemente desenhos à carvão no aterro do fogão a lenha.


As histórias dos negros escravizados sempre o fascinaram, Isidoro o Mártir e em especial a lenda da famosa escrava que se tornou rainha, Chica da Silva a Imperatriz dos Diamantes.


Mais tarde graduou-se em Artes Plásticas na cidade de Belo Horizonte, especializando em escultura e desenho. Sempre se dedicando à estética negra, pinta a coleção “Sete Vezes Chica”  retratando sua musa inspiradora associada aos pecados capitais e às virtude teologais e junto com poemas que recontam sua história doa a coleção para a “Casa da Chica da Silva” sede do IFHAN, onde fica como exposição permanente. Tornou-se o primeiro artista plástico mineiro “Especialista em Estudos Africanos e Afro brasileiros”.


Com mais de cem participações em livros infantis, o artista tenta através de suas ilustrações de  heróis, princesas e anjinhos negros, fortalecer a auto estima e a construção da identidade racial das crianças afrodescendentes.


Em suas coleções de pinturas em óleo sobre tela, enaltece a beleza da raça negra, tratando as questões de gênero com a sutileza que lhe é peculiar retrata as mulheres negras com beleza e altivez dos seus traços fenotípicos sem exacerbar sua sexualidade e nem caricaturar como comumente é mostrada nos livros de arte.


Seu trabalho foi exposto em vários países, como Estados Unidos, Espanha, Portugal, França, Itália e Moçambique.


Como pesquisador da cultura negra, visita escolas de periferia ministrando palestra sobre identidade racial, sentimento de pertencimento e auto estima.


Transforma suas pesquisas  sobre a África, em estamparia e cria a “Grife Chica da Silva” onde trabalha com a diversidade do continente com sua fauna, flora e as mais variadas etnias, coroadas por suas ricas culturas.


Em suas coleções valoriza o negro africano, brasileiro e suas manifestações como a dança, a música, a religiosidade e toda uma gama trazida pela diáspora, herança dos negros escravizados que ajudaram a construir a nação brasileira.


Cada peça estampada leva um tag com as descrições e os significados dos símbolos nela representados. O ideal da Grife é que cada pessoa saiba exatamente o que esta vestindo.


Seu ateliê que é também a fábrica de sua marca Chica da Silva é reconhecido pela Secretaria de Educação da Cidade de Belo Horizonte como “Território Negro”, onde as escolas podem buscar conhecimento legítimo sobre a cultura negra e é frequentada pelos maiores representantes do Movimento Negro do Estado.


O Artista amparado por profissionais das mais variadas áreas, cria o Instituto Cultural Casarão das Artes. Através desta OSCIP procura dar visibilidade às produções culturais negras e promove um evento mensal intitulado “Canjerê” para promover debates com pensadores e intelectuais, shows, performances, desfiles de beleza negra, lançamentos de livros, exposições de artes, oficinas e etc. Recebe por meio de intercambio artistas do continente africano para troca de cultura e experiências.


Como cidadão diamantinense, numa tentativa de preservar a tradição local, transforma suas obras em estandartes para que possam ser levados pelos cortejos da “Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos”, assim como  “Folia de Reis” e também blocos caricatos de carnaval.



Contato

 

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Belo Horizonte - Minas Gerais

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Tel: +55 (31) 98804-9149

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